Como comunicadores, nosso papel é construir discursos que contribuam para a construção de marcas. Quando nossa estratégia é produzir uma campanha ou um conteúdo que coloca aspectos de diversidade social em prática, precisamos ter cuidado. 

Na hora de criar, as vezes surgem aquelas dúvidas de como produzir uma campanha ou um conteúdo livre de expressões e hábitos obsoletos, aqueles que podem possuir palavras ou práticas que não levam em consideração a ampla diversidade social da sociedade. 

Este artigo oferece um guia a ser considerado durante um processo criativo, seguido de uma lista de conferência para assegurar que todos os aspectos relevantes foram abordados. Esse é um conteúdo vivo, que pode ser editado sempre que surgir uma nova experiência do time ou que algo for notado. Fique a vontade pra sugerir mudanças!

Seguir esse checklist não só ajuda a criar campanhas mais eficazes e inclusivas, mas também reforça o compromisso da agência com a diversidade e a responsabilidade social. Bora fazer bonito na hora de criar? 

Inclusão no time criativo 

☐ Qual a diversidade de perfis que temos dentro da equipe criativa?  

O quão diversos estamos sendo contemplando pessoas com diferenças de gênero, sexualidade, iddentidade, etnia, religião, culturas e vivências para diferentes pontos de vista? 

☐ Foram realizadas pesquisas apropriadas pra tratar do tema?  

Se não, temos alguma pessoa referência que pode nos auxiliar na análise desse conteúdo? 

Sobre o conteúdo da campanha/peça 

☐ A campanha representa diversas etnias, gêneros, idades, identidades de gênero, orientações sexuais e inclui pessoas com deficiência? 

Talvez o foco da sua campanha seja um grupo específico, ou utilizar pelo menos um deles, mas o quão mais diverso a gente ainda consegue ser colocando essas pessoas? Podemos propor pessoas que representem mais de um aspecto? (exemplo: uma mulher cis negra bissexual, um homem trans deficiente visual).  

☐ Estamos utilizando pessoas que realmente representam aquela parcela diversa? 

Evitemos usar pessoas que não são possuam determinadas características que queremos representar. Assim como já sabemos que colocar uma pessoa branca para representar uma pessoa negra (por muito tempo isso foi feito como forma de ridicularização), não é de bom tom colocar uma pessoa não-deficiente para representar uma pessoa com deficiência. Cuidado! A gente pode se perder muito no caminho. 

☐ A narrativa evita estereótipos, clichês e expressões capacististas? 

Podemos evitar discursos de tom "somos todos iguais" e colocar pessoas para atuarem em campanhas só pela inclusão e não porque a marca realmente acredita.

Expressões capacitistas (aquelas que já estão enraizadas no vocabulário e ferem principalmente pessoas com deficiências) também não são de bom tom. Dica: o ChatGPT pode auxiliar bastante para nos dar ideias de substituição dessas expressões.

Acessibilidade 

☐ O conteúdo é acessível para pessoas com deficiências? 

Estamos considerando um intérprete de Libras para conteúdos visuais?

Nas peças de redes sociais, sempre devemos fornecer o texto alternativo para que pessoas com deficiência visual consigam fazer o uso de leitores digitais para se relacionar com as publicações. 

Consulte algumas dicas no artigo de Comunicação Inclusiva da Heloisa Rocha. 

☐ Materiais impressos consideram acessibilidade?  

Utilizar textos em braile para pessoas com deficiência visual ou usar fontes maiores para facilitar a leitura de pessoas com baixa visão podem ser bons recursos. 

Vamos somar nossas experiências? Esse é um documento vivo e editável, se você tiver sugestão de novos tópicos, envie pro amplifica@paim.com.br :)